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Silas Malafaia e a Política no Brasil

9 de abril de 2025 Silas Malafaia e a Política no Brasil

Silas Malafaia e a Política no Brasil

Silas Malafaia é uma das figuras mais proeminentes do cenário evangélico brasileiro, sendo pastor da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), além de empresário, escritor e televangelista. Sua atuação política, embora indireta em termos partidários, é intensa e influente. Ao longo das últimas décadas, Malafaia tornou-se um dos principais expoentes da chamada “bancada evangélica” — mesmo sem exercer mandato político —, utilizando sua visibilidade midiática e redes sociais para intervir no debate público, especialmente em temas de costumes, moral religiosa e ideologia.

Origens e Crescimento

Malafaia iniciou sua trajetória como pastor nas Assembleias de Deus, a maior denominação pentecostal do Brasil. Sua projeção nacional se deu a partir dos anos 1990, com programas televisivos de evangelização e forte apelo ao público pentecostal. Nos anos 2000, consolidou-se como uma das vozes mais expressivas do conservadorismo religioso no país. Seu discurso é centrado na defesa da família tradicional, da moral cristã, e no combate a pautas progressistas como o casamento homoafetivo, o aborto legalizado, a legalização das drogas e a ideologia de gênero.

Alinhamento com a Direita

Na política, Malafaia é claramente alinhado à direita conservadora. Embora tenha dialogado com diferentes governos em nome dos interesses da comunidade evangélica, sua atuação tornou-se ainda mais intensa a partir da ascensão de Jair Bolsonaro. O pastor apoiou abertamente Bolsonaro nas eleições de 2018 e 2022, defendendo sua candidatura como um “movimento de Deus” contra a “ameaça comunista” e a “inversão de valores morais”.

Durante o governo Bolsonaro, Malafaia foi uma espécie de conselheiro informal do presidente, além de se encontrar diversas vezes com ministros e figuras centrais do governo. Teve, por exemplo, protagonismo na articulação da nomeação de André Mendonça — um evangélico — ao Supremo Tribunal Federal (STF), fortalecendo a ideia de uma representação religiosa nos poderes do Estado.

Influência nas Eleições

Malafaia tem grande influência sobre o voto evangélico, principalmente entre os pentecostais. Em suas falas públicas, não raramente usa o púlpito da igreja e seus canais de comunicação para endossar candidatos ou criticar adversários políticos. Nas eleições, seu apoio é frequentemente disputado por políticos de direita e centro-direita que desejam atrair o eleitorado evangélico.

Apesar disso, sua postura também é polêmica dentro da própria comunidade cristã. Muitos evangélicos, inclusive pastores, criticam sua mistura entre fé e política, alegando que sua atuação compromete a independência da igreja e sua missão espiritual.

Críticas e Controvérsias

Silas Malafaia é uma figura extremamente polarizadora. Seus críticos o acusam de promover discursos de ódio, especialmente contra pessoas LGBTQIA+, além de manipular a fé em nome de interesses políticos e financeiros. Também é alvo de questionamentos por seu patrimônio milionário, que contrasta com a simplicidade pregada pelo evangelho.

Do lado político, seus opositores o veem como um agente de radicalização e desinformação, frequentemente espalhando fake news e teorias conspiratórias em suas redes sociais. Já seus defensores o consideram uma voz necessária contra o que chamam de “militância progressista” e “ideologia anticristã”.

Malafaia também já esteve envolvido em investigações relacionadas a doações e questões financeiras envolvendo sua igreja e ministérios, embora nunca tenha sido condenado.

A Política como Missão

Para Silas Malafaia, sua atuação política é, antes de tudo, uma missão espiritual. Ele acredita que os evangélicos têm o dever de ocupar espaços de poder e influenciar as leis e políticas públicas segundo os princípios da Bíblia. Essa perspectiva reflete uma visão teocrática de mundo, na qual o Estado deve ser moldado pelos valores cristãos, e não neutro ou plural.

Essa teologia da influência política não é exclusiva de Malafaia, mas ele é, sem dúvida, um de seus maiores representantes. Seu discurso se conecta com a ideia de “guerra espiritual”, muito presente no meio pentecostal, onde as disputas políticas são vistas como batalhas entre o bem (representado pelos cristãos conservadores) e o mal (personificado em ideologias progressistas).

O Futuro da Influência

Com o crescimento contínuo do segmento evangélico no Brasil — que já representa mais de 30% da população —, figuras como Malafaia tendem a manter (ou até ampliar) sua influência. Mesmo sem cargo político, sua presença nas redes e nos púlpitos tem força suficiente para moldar opiniões, eleger candidatos e pautar discussões no Congresso Nacional.

Por outro lado, também cresce a resistência a essa fusão entre religião e política, tanto por parte da sociedade civil quanto de religiosos mais progressistas. A crítica a líderes religiosos que usam a fé para promover agendas partidárias deve continuar, especialmente em um contexto de polarização política e avanço de pautas identitárias e democráticas.

Silas Malafaia é uma das figuras mais proeminentes do cenário evangélico brasileiro, sendo pastor da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), além de empresário, escritor e televangelista. Sua atuação política, embora indireta em termos partidários, é intensa e influente. Ao longo das últimas décadas, Malafaia tornou-se um dos principais expoentes da chamada “bancada evangélica” — mesmo sem exercer mandato político —, utilizando sua visibilidade midiática e redes sociais para intervir no debate público, especialmente em temas de costumes, moral religiosa e ideologia.

Origens e Crescimento

Malafaia iniciou sua trajetória como pastor nas Assembleias de Deus, a maior denominação pentecostal do Brasil. Sua projeção nacional se deu a partir dos anos 1990, com programas televisivos de evangelização e forte apelo ao público pentecostal. Nos anos 2000, consolidou-se como uma das vozes mais expressivas do conservadorismo religioso no país. Seu discurso é centrado na defesa da família tradicional, da moral cristã, e no combate a pautas progressistas como o casamento homoafetivo, o aborto legalizado, a legalização das drogas e a ideologia de gênero.

Alinhamento com a Direita

Na política, Malafaia é claramente alinhado à direita conservadora. Embora tenha dialogado com diferentes governos em nome dos interesses da comunidade evangélica, sua atuação tornou-se ainda mais intensa a partir da ascensão de Jair Bolsonaro. O pastor apoiou abertamente Bolsonaro nas eleições de 2018 e 2022, defendendo sua candidatura como um “movimento de Deus” contra a “ameaça comunista” e a “inversão de valores morais”.

Durante o governo Bolsonaro, Malafaia foi uma espécie de conselheiro informal do presidente, além de se encontrar diversas vezes com ministros e figuras centrais do governo. Teve, por exemplo, protagonismo na articulação da nomeação de André Mendonça — um evangélico — ao Supremo Tribunal Federal (STF), fortalecendo a ideia de uma representação religiosa nos poderes do Estado.

Influência nas Eleições

Malafaia tem grande influência sobre o voto evangélico, principalmente entre os pentecostais. Em suas falas públicas, não raramente usa o púlpito da igreja e seus canais de comunicação para endossar candidatos ou criticar adversários políticos. Nas eleições, seu apoio é frequentemente disputado por políticos de direita e centro-direita que desejam atrair o eleitorado evangélico.

Apesar disso, sua postura também é polêmica dentro da própria comunidade cristã. Muitos evangélicos, inclusive pastores, criticam sua mistura entre fé e política, alegando que sua atuação compromete a independência da igreja e sua missão espiritual.

Críticas e Controvérsias

Silas Malafaia é uma figura extremamente polarizadora. Seus críticos o acusam de promover discursos de ódio, especialmente contra pessoas LGBTQIA+, além de manipular a fé em nome de interesses políticos e financeiros. Também é alvo de questionamentos por seu patrimônio milionário, que contrasta com a simplicidade pregada pelo evangelho.

Do lado político, seus opositores o veem como um agente de radicalização e desinformação, frequentemente espalhando fake news e teorias conspiratórias em suas redes sociais. Já seus defensores o consideram uma voz necessária contra o que chamam de “militância progressista” e “ideologia anticristã”.

Malafaia também já esteve envolvido em investigações relacionadas a doações e questões financeiras envolvendo sua igreja e ministérios, embora nunca tenha sido condenado.

A Política como Missão

Para Silas Malafaia, sua atuação política é, antes de tudo, uma missão espiritual. Ele acredita que os evangélicos têm o dever de ocupar espaços de poder e influenciar as leis e políticas públicas segundo os princípios da Bíblia. Essa perspectiva reflete uma visão teocrática de mundo, na qual o Estado deve ser moldado pelos valores cristãos, e não neutro ou plural.

Essa teologia da influência política não é exclusiva de Malafaia, mas ele é, sem dúvida, um de seus maiores representantes. Seu discurso se conecta com a ideia de “guerra espiritual”, muito presente no meio pentecostal, onde as disputas políticas são vistas como batalhas entre o bem (representado pelos cristãos conservadores) e o mal (personificado em ideologias progressistas).

O Futuro da Influência

Com o crescimento contínuo do segmento evangélico no Brasil — que já representa mais de 30% da população —, figuras como Malafaia tendem a manter (ou até ampliar) sua influência. Mesmo sem cargo político, sua presença nas redes e nos púlpitos tem força suficiente para moldar opiniões, eleger candidatos e pautar discussões no Congresso Nacional.

Por outro lado, também cresce a resistência a essa fusão entre religião e política, tanto por parte da sociedade civil quanto de religiosos mais progressistas. A crítica a líderes religiosos que usam a fé para promover agendas partidárias deve continuar, especialmente em um contexto de polarização política e avanço de pautas identitárias e democráticas.

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